Na postagem passada, escrevi sobre o transporte público em Maceió e o seu reajuste, explanando também – em poucos pontos – os problemas que envolvem o comitê/movimento que tem se manifestado contra os aumentos tarifários nos últimos anos. Agora vou me debruçar numa crítica ao comitê deste ano, que em pouquíssimo tempo se esfacelou. E o que foi pior: sem conseguir realizar nenhum ato ou mobilização.
Os grupos políticos organizados e as entidades estudantis e sindicais que o compuseram foram essencialmente os mesmos dos últimos anos, com um ou outro acréscimo. Entretanto, sequer os tradicionais [e repetitivos] atos partindo do Centro de Estudos e Pesquisas Aplicadas (Cepa) ao centro da cidade conseguiram ser viabilizados. Com um partido de esquerda na prefeitura de Maceió, o que acontecia até 2004, os atos públicos eram razoavelmente aglutinadores. Com a volta da direita tradicional ao poder municipal, as manifestações se enfraqueceram e até mesmo deixaram de existir. E tal factualidade desprovida do advento de uma repressão sistematizada por parte do aparato estatal.
O que deixa apenas uma saída para análise: não foi esta uma vitória da direita construída por ela própria em meio a um enfrentamento político-ideológico, mas sim uma derrota da esquerda para si própria! A esquerda não conseguiu sequer construir um movimento e o mesmo já morreu; houve um aborto com menos de um mês de gestação.
E o desgaste das fórmulas de ação prática do movimento foi o motivo principal para esse aborto. Vai-se até o Cepa e de lá se faz alguma atividade; ir até o colégio e não conseguir sucesso num ato “de massas” deixa-nos sem saber o que fazer. Só uma possibilidade de ação permeia o taticismo do movimento estudantil, e em 2009 ela se mostrou totalmente esgotada – isso agora não é mais teoria ou impressão subjetiva isolada, tornou-se fato concreto.
Isso foi abordado no texto anterior, escrito na segunda-feira. Mas quando me referi ao fato dos “grupos políticos não conseguirem formar uma unidade de ação por mais que um curto período” imaginava que esse período fosse de um ou dois meses. Ainda grafando que o desgaste era “catalizado em altíssima velocidade”, o mesmo ter consumido o atual comitê em 23 dias mostra que o pessimismo contido em minha analise estava errado: era necessário um quantum maior de desconfiança, era necessário ser mais pessimista ainda!
Na manhã da última quarta-feira (28), quando estava marcado um ato público que sairia da Praça dos Martírios até a Câmara Municipal – e o mesmo não foi desmarcado até o seu momento! – ninguém compareceu. Para não dizer ninguém, foram ao ato três pessoas. Entre elas, estava eu.
Não existiam militantes, carros de som, bandeiras, panfletos, faixas ou cartazes. Havia apenas uma convocatória para o ato, que foi divulgada, e mais nada. Um ônus político que tem de ser avaliado, pois se uma brincadeira de mau gosto dessas – convocar atos fantasmas – cai na moda, como vai ficar a credibilidade do movimento?
Falava-se muito em uma possível cisão do comitê antes de seu final, operacionalizada pelo Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR), o qual propunha ações mais ousadas/radicalizadas, porém sem uma base social condizente para o protagonismo de tais atividades. Em suma: propostas sem viabilidade política satisfatória, que apenas gerariam desgastes e má-propaganda do movimento perante a sociedade.
Mas é o MEPR que menos merece críticas ao final do comitê, pois apesar de todas as inadequações do mesmo à dinâmica coletiva (atuar em unidade com os atores políticos envolvidos), este movimento não poderá ser acusado de abandono desta luta no momento atual. Eles organizaram, junto com o Movimento Punk Alagoano (MPAL) e a União da Juventude Comunista (UJC), um ato em substituição ao que não ocorreu, saindo em passeata pelas ruas do centro com cerca de 50 estudantes.
Um número irrisório e um itinerário pequeno: da Praça Sinimbu até a Praça Deodoro, passando pelo Palácio do Governo e pela Prefeitura Municipal. De fato, essa passeata, que teve de ser protegida por policiais para acontecer, foi a única que houve em protesto ao aumento de 11,11% na tarifa dos ônibus maceioenses. E se ela serviu para alguma coisa, foi para mostrar ao MEPR – que tinha a intenção de “radicalizar” o protesto com o apedrejamento de um ônibus vazio – o quão difícil é viabilizar suas próprias propostas sem arcar com um ônus político e material estratosférico. Por perceberem tal fato a radicalização ficou só no discurso.
Cabe fazer uma crítica e um questionamento aos demais construtores do comitê, que sequer apareceram na quarta-feira. Por parte do Partido Comunista Revolucionário (PCR), Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) fica a clara impressão que – prevendo a pequenez do segundo ato, em decorrência do insucesso do primeiro – nenhuma das três forças políticas quis se fazer presente pelo fato de que não seria possível nenhuma autoconstrução a partir das manifestações do comitê.
E sem uma boa propagandeação de suas bandeiras, ideologias e parlamentares para outros, pra que lutar? Foi esse o raciocínio pobre e mecanicista que os três partidos adotaram. O PSOL tinha a intenção escancarada de alçar à níveis publicitários mais elevados o nome do vereador Ricardo Barbosa. PCR e PSTU, que buscam dentro da juventude novos militantes, abdicaram da luta por não ver esses novos quadros dentro de um movimento reduzido. Assim, no maior dos cinismos, ninguém de nenhum desses três partidos compareceu num ato agendado por eles próprios. E é impossível sustentar a tese – caso se queira usar dessa desculpa – de que todas as pessoas, de todos estes partidos, estavam inviabilizadas de comparecer ao ato por motivo de força maior. Se estavam, então por qual motivo enviaram convocatórias para listas de discussão de domínio público?
Construir-se enquanto força política ou partido em meio a um movimento é legítimo. Não condeno tal prática. Mas colocar a necessidade de autoconstrução acima da própria luta – como foi feito por PCR, PSOL e PSTU – é uma inversão de valores imperdoável.
Um terceiro grupo também merece citação: o Coletivo Anarquista Zumbi dos Palmares (CAZP). Presente em todos os comitês anteriormente existentes desde que fora fundado, em 2002, o CAZP esteve ausente da reunião de fundação do atual comitê, mas compareceu no ato do dia 14, em frente ao Cepa. O motivo da ausência do CAZP no ato do dia 28 não foi a “inversão de valores” imputada aos partidos políticos citados no parágrafo anterior, já que dentro deste Coletivo existe um purismo que os inibe a seguir tal prática: o que de fato é muito bom e merece ser elogiado, nesta situação. Mas esse mesmo purismo os levou ao sectarismo de avaliar o comitê como seguidor de uma política em equívoco e abandoná-lo sem nenhuma explicação, sem nenhuma “carta de despedida” que fundamentasse as críticas que o CAZP possui, o que dá a entender que nem eles mesmos sabem o que criticar, apenas não queriam participar de um espaço onde haja partido político envolvido.
E que fique claro: o sectarismo não foi a avaliação que fizeram do comitê, provavelmente muito próxima da minha, mas sim o abandono do mesmo.
Tão ruim quanto o sectarismo é a partidofobia do CAZP, que já havia sido denotada em outros momentos, como por exemplo quando se desligou do grupo Além do Mito tomando como ponto de partida para a “dissidência” uma polêmica entre formar ou não uma chapa pró-DCE-Ufal em conjunto com o PSTU. Partidos políticos são organizações legítimas, ferramentas que – se bem utilizadas – podem vir a ser úteis para a classe trabalhadora. Por qual motivo ser contra a organização partidária? Por defender o voto nulo em eleições? Resposta insuficiente do anarquismo organizado para a questão!
O CAZP não sabe responder as interrogações que surgem em sua frente, prefere se isolar em um cubo de cristal e fingir ser “a mais pura das virgens”, inviolável, sempre coerente com seus princípios. Talvez por isso continue tão insignificante como organização política: não dialoga com ninguém, não constrói nada e não tem fundamentos para suas atitudes sectárias.
O sumiço desses atores do último ato reforça um ponto do texto anterior, quando falei que o movimento estava “mais preocupado com egos do que com a luta em si”. Alguns com necessidades de autoconstrução, outro com necessidade de sentir-se como um paladino comunista.
De fato, onde está a saída? O que fazer?
A resposta para como enfrentar os aumentos de passagem de ônibus; lutar pelo passe-livre estudantil e para desempregados; conseguir melhorias e aumento da frota em circulação; viabilizar terminais de integração e formas alternativas de transporte; ampliar a meia-passagem para toda a população em finais de semanas e feriados; dentre outras reivindicações é impossível de se buscar no atual quadro, a menos que se queira dizer que nada disso é possível em Maceió (o que seria um falseamento do real).
Essa resposta se trata do produto de duas equações: 1) como o poder municipal vai manter a atual política de aumento tarifário e manutenção de um serviço precarizado que gera insatisfações dos usuários; e 2) como a oposição (de esquerda, já que a de centro e centro-esquerda seguem plataformas muito voláteis) vai se organizar para enfrentar o poder municipal, estando nele quem estiver, e trazer para o seu lado o público que utiliza o transporte coletivo maceioense e está em desgosto com a qualidade e o valor do mesmo.
Avaliando a perspectiva do trabalho, que é o lado do qual me coloco, observemos simulações para a segunda equação.
A única saída para uma reconstrução da luta contra o poder municipal e os empresários do setor é o reordenamento da esquerda em uma frente permanente de luta pelo transporte público acessível e de qualidade. Esta frente deve congregar dentro de si movimentos estudantis, sindicais e sociais, de modo que todos lutem por um objetivo único e indivisível, sem colocar em evidência prioritária no debate os próprios egos ou as preocupações entre quem veste a camisa mais ou menos vermelha.
A luta por um transporte público de qualidade e por um baixo preço se coloca como uma reivindicação meramente reformista, dentro do âmbito e lógica do capital, inexistindo – portanto – a necessidade de maiores atritos ideológicos que venham a destruir tantas vezes a organicidade do comitê. É uma questão de maturidade.
Uma frente nesses moldes deveria organizar-se desde já, mantendo reuniões periódicas; promovendo debates em bairros populares; lançando materiais de propaganda e agitação; formulando reivindicações e propostas para a viabilização das mesmas etc. Só assim, começando o movimento do início – e não de seu auge! – é que podemos ser consequentes para, num momento de novo reajuste, estarmos aptos a atuar contra ele, com uma base informada e mobilizada para as manifestações, deixando de lado o espontaneísmo do qual vem se alimentando o movimento até então.
As primeiras reuniões dessa frente/comitê, caso ela nasça, certamente serão esvaziadas e diminutas, devido a hecatombe que o último comitê deixou no movimento. Somente com o tempo e o firmamento de uma construção prática coletiva, a qual dê garantias de que o espaço estará aberto a todos os que quiserem lutar, é que tal iniciativa pode começar a dar seus primeiros frutos. Não creio em outra solução. Apenas o lançamento dessa semente pode evitar que os fiascos dos últimos anos se repitam em 2010, 2011, 2012...
É possível que mesmo mobilizado a partir de agora este novo modelo de comitê não consiga êxito e não barre o próximo aumento, mas indubitavelmente que ele seria muito mais forte que qualquer um dos últimos sete anos.
Resta uma coisa a saber: qual organização terá a coragem e a responsabilidade de redigir uma convocatória para essa frente permanente após os últimos acontecimentos?
Post-Scriptum: No segundo parágrafo do texto existe uma generalização que carece de esclarecimento. Quando falo que os protestos contra os aumentos foram maiores com um partido de esquerda que com a direita no poder municipal – tendo a esquerda reajustado a tarifa em R$0,90 num período de 114 meses e o atual Prefeito elevado a mesma em R$0,75 em 49 meses – não estou, contudo, querendo resumir a potencialidade das manifestações e ações do movimento perante as tendências políticas de quem está na Prefeitura Municipal. Isso seria uma forma de delimitar toda a centralidade do movimento na esfera política, visão a qual não defendo.
Estou querendo, somente e sem maiores pretensões, exemplificar o ativismo do movimento local nestas duas formas de governo, como forma de contraposição ao que se vê em âmbito nacional com o Governo Lula (imaginando que os leitores do blog teriam tal pré-requisito numa leitura implícita), quando se deu exatamente o inverso – basta ver a reorganização [e a necessidade da mesma!] dos movimentos estudantil e sindical, em curso desde 2004.
Para explicar essa questão decentemente, contudo, seria necessário um outro texto, que frisa-se uma análise de conjuntura contemporânea, do neoliberalismo chegando ao Brasil no Governo Collor até o ano de 2005, quando o escândalo do Mensalão escancara as contradições (que já eram conhecidas nos meios acadêmicos) do Partido dos Trabalhadores.
Os grupos políticos organizados e as entidades estudantis e sindicais que o compuseram foram essencialmente os mesmos dos últimos anos, com um ou outro acréscimo. Entretanto, sequer os tradicionais [e repetitivos] atos partindo do Centro de Estudos e Pesquisas Aplicadas (Cepa) ao centro da cidade conseguiram ser viabilizados. Com um partido de esquerda na prefeitura de Maceió, o que acontecia até 2004, os atos públicos eram razoavelmente aglutinadores. Com a volta da direita tradicional ao poder municipal, as manifestações se enfraqueceram e até mesmo deixaram de existir. E tal factualidade desprovida do advento de uma repressão sistematizada por parte do aparato estatal.
O que deixa apenas uma saída para análise: não foi esta uma vitória da direita construída por ela própria em meio a um enfrentamento político-ideológico, mas sim uma derrota da esquerda para si própria! A esquerda não conseguiu sequer construir um movimento e o mesmo já morreu; houve um aborto com menos de um mês de gestação.
E o desgaste das fórmulas de ação prática do movimento foi o motivo principal para esse aborto. Vai-se até o Cepa e de lá se faz alguma atividade; ir até o colégio e não conseguir sucesso num ato “de massas” deixa-nos sem saber o que fazer. Só uma possibilidade de ação permeia o taticismo do movimento estudantil, e em 2009 ela se mostrou totalmente esgotada – isso agora não é mais teoria ou impressão subjetiva isolada, tornou-se fato concreto.
Isso foi abordado no texto anterior, escrito na segunda-feira. Mas quando me referi ao fato dos “grupos políticos não conseguirem formar uma unidade de ação por mais que um curto período” imaginava que esse período fosse de um ou dois meses. Ainda grafando que o desgaste era “catalizado em altíssima velocidade”, o mesmo ter consumido o atual comitê em 23 dias mostra que o pessimismo contido em minha analise estava errado: era necessário um quantum maior de desconfiança, era necessário ser mais pessimista ainda!
Na manhã da última quarta-feira (28), quando estava marcado um ato público que sairia da Praça dos Martírios até a Câmara Municipal – e o mesmo não foi desmarcado até o seu momento! – ninguém compareceu. Para não dizer ninguém, foram ao ato três pessoas. Entre elas, estava eu.
Não existiam militantes, carros de som, bandeiras, panfletos, faixas ou cartazes. Havia apenas uma convocatória para o ato, que foi divulgada, e mais nada. Um ônus político que tem de ser avaliado, pois se uma brincadeira de mau gosto dessas – convocar atos fantasmas – cai na moda, como vai ficar a credibilidade do movimento?
Falava-se muito em uma possível cisão do comitê antes de seu final, operacionalizada pelo Movimento Estudantil Popular Revolucionário (MEPR), o qual propunha ações mais ousadas/radicalizadas, porém sem uma base social condizente para o protagonismo de tais atividades. Em suma: propostas sem viabilidade política satisfatória, que apenas gerariam desgastes e má-propaganda do movimento perante a sociedade.
Mas é o MEPR que menos merece críticas ao final do comitê, pois apesar de todas as inadequações do mesmo à dinâmica coletiva (atuar em unidade com os atores políticos envolvidos), este movimento não poderá ser acusado de abandono desta luta no momento atual. Eles organizaram, junto com o Movimento Punk Alagoano (MPAL) e a União da Juventude Comunista (UJC), um ato em substituição ao que não ocorreu, saindo em passeata pelas ruas do centro com cerca de 50 estudantes.
Um número irrisório e um itinerário pequeno: da Praça Sinimbu até a Praça Deodoro, passando pelo Palácio do Governo e pela Prefeitura Municipal. De fato, essa passeata, que teve de ser protegida por policiais para acontecer, foi a única que houve em protesto ao aumento de 11,11% na tarifa dos ônibus maceioenses. E se ela serviu para alguma coisa, foi para mostrar ao MEPR – que tinha a intenção de “radicalizar” o protesto com o apedrejamento de um ônibus vazio – o quão difícil é viabilizar suas próprias propostas sem arcar com um ônus político e material estratosférico. Por perceberem tal fato a radicalização ficou só no discurso.
Cabe fazer uma crítica e um questionamento aos demais construtores do comitê, que sequer apareceram na quarta-feira. Por parte do Partido Comunista Revolucionário (PCR), Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) e Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU) fica a clara impressão que – prevendo a pequenez do segundo ato, em decorrência do insucesso do primeiro – nenhuma das três forças políticas quis se fazer presente pelo fato de que não seria possível nenhuma autoconstrução a partir das manifestações do comitê.
E sem uma boa propagandeação de suas bandeiras, ideologias e parlamentares para outros, pra que lutar? Foi esse o raciocínio pobre e mecanicista que os três partidos adotaram. O PSOL tinha a intenção escancarada de alçar à níveis publicitários mais elevados o nome do vereador Ricardo Barbosa. PCR e PSTU, que buscam dentro da juventude novos militantes, abdicaram da luta por não ver esses novos quadros dentro de um movimento reduzido. Assim, no maior dos cinismos, ninguém de nenhum desses três partidos compareceu num ato agendado por eles próprios. E é impossível sustentar a tese – caso se queira usar dessa desculpa – de que todas as pessoas, de todos estes partidos, estavam inviabilizadas de comparecer ao ato por motivo de força maior. Se estavam, então por qual motivo enviaram convocatórias para listas de discussão de domínio público?
Construir-se enquanto força política ou partido em meio a um movimento é legítimo. Não condeno tal prática. Mas colocar a necessidade de autoconstrução acima da própria luta – como foi feito por PCR, PSOL e PSTU – é uma inversão de valores imperdoável.
Um terceiro grupo também merece citação: o Coletivo Anarquista Zumbi dos Palmares (CAZP). Presente em todos os comitês anteriormente existentes desde que fora fundado, em 2002, o CAZP esteve ausente da reunião de fundação do atual comitê, mas compareceu no ato do dia 14, em frente ao Cepa. O motivo da ausência do CAZP no ato do dia 28 não foi a “inversão de valores” imputada aos partidos políticos citados no parágrafo anterior, já que dentro deste Coletivo existe um purismo que os inibe a seguir tal prática: o que de fato é muito bom e merece ser elogiado, nesta situação. Mas esse mesmo purismo os levou ao sectarismo de avaliar o comitê como seguidor de uma política em equívoco e abandoná-lo sem nenhuma explicação, sem nenhuma “carta de despedida” que fundamentasse as críticas que o CAZP possui, o que dá a entender que nem eles mesmos sabem o que criticar, apenas não queriam participar de um espaço onde haja partido político envolvido.
E que fique claro: o sectarismo não foi a avaliação que fizeram do comitê, provavelmente muito próxima da minha, mas sim o abandono do mesmo.
Tão ruim quanto o sectarismo é a partidofobia do CAZP, que já havia sido denotada em outros momentos, como por exemplo quando se desligou do grupo Além do Mito tomando como ponto de partida para a “dissidência” uma polêmica entre formar ou não uma chapa pró-DCE-Ufal em conjunto com o PSTU. Partidos políticos são organizações legítimas, ferramentas que – se bem utilizadas – podem vir a ser úteis para a classe trabalhadora. Por qual motivo ser contra a organização partidária? Por defender o voto nulo em eleições? Resposta insuficiente do anarquismo organizado para a questão!
O CAZP não sabe responder as interrogações que surgem em sua frente, prefere se isolar em um cubo de cristal e fingir ser “a mais pura das virgens”, inviolável, sempre coerente com seus princípios. Talvez por isso continue tão insignificante como organização política: não dialoga com ninguém, não constrói nada e não tem fundamentos para suas atitudes sectárias.
O sumiço desses atores do último ato reforça um ponto do texto anterior, quando falei que o movimento estava “mais preocupado com egos do que com a luta em si”. Alguns com necessidades de autoconstrução, outro com necessidade de sentir-se como um paladino comunista.
De fato, onde está a saída? O que fazer?
A resposta para como enfrentar os aumentos de passagem de ônibus; lutar pelo passe-livre estudantil e para desempregados; conseguir melhorias e aumento da frota em circulação; viabilizar terminais de integração e formas alternativas de transporte; ampliar a meia-passagem para toda a população em finais de semanas e feriados; dentre outras reivindicações é impossível de se buscar no atual quadro, a menos que se queira dizer que nada disso é possível em Maceió (o que seria um falseamento do real).
Essa resposta se trata do produto de duas equações: 1) como o poder municipal vai manter a atual política de aumento tarifário e manutenção de um serviço precarizado que gera insatisfações dos usuários; e 2) como a oposição (de esquerda, já que a de centro e centro-esquerda seguem plataformas muito voláteis) vai se organizar para enfrentar o poder municipal, estando nele quem estiver, e trazer para o seu lado o público que utiliza o transporte coletivo maceioense e está em desgosto com a qualidade e o valor do mesmo.
Avaliando a perspectiva do trabalho, que é o lado do qual me coloco, observemos simulações para a segunda equação.
A única saída para uma reconstrução da luta contra o poder municipal e os empresários do setor é o reordenamento da esquerda em uma frente permanente de luta pelo transporte público acessível e de qualidade. Esta frente deve congregar dentro de si movimentos estudantis, sindicais e sociais, de modo que todos lutem por um objetivo único e indivisível, sem colocar em evidência prioritária no debate os próprios egos ou as preocupações entre quem veste a camisa mais ou menos vermelha.
A luta por um transporte público de qualidade e por um baixo preço se coloca como uma reivindicação meramente reformista, dentro do âmbito e lógica do capital, inexistindo – portanto – a necessidade de maiores atritos ideológicos que venham a destruir tantas vezes a organicidade do comitê. É uma questão de maturidade.
Uma frente nesses moldes deveria organizar-se desde já, mantendo reuniões periódicas; promovendo debates em bairros populares; lançando materiais de propaganda e agitação; formulando reivindicações e propostas para a viabilização das mesmas etc. Só assim, começando o movimento do início – e não de seu auge! – é que podemos ser consequentes para, num momento de novo reajuste, estarmos aptos a atuar contra ele, com uma base informada e mobilizada para as manifestações, deixando de lado o espontaneísmo do qual vem se alimentando o movimento até então.
As primeiras reuniões dessa frente/comitê, caso ela nasça, certamente serão esvaziadas e diminutas, devido a hecatombe que o último comitê deixou no movimento. Somente com o tempo e o firmamento de uma construção prática coletiva, a qual dê garantias de que o espaço estará aberto a todos os que quiserem lutar, é que tal iniciativa pode começar a dar seus primeiros frutos. Não creio em outra solução. Apenas o lançamento dessa semente pode evitar que os fiascos dos últimos anos se repitam em 2010, 2011, 2012...
É possível que mesmo mobilizado a partir de agora este novo modelo de comitê não consiga êxito e não barre o próximo aumento, mas indubitavelmente que ele seria muito mais forte que qualquer um dos últimos sete anos.
Resta uma coisa a saber: qual organização terá a coragem e a responsabilidade de redigir uma convocatória para essa frente permanente após os últimos acontecimentos?
Post-Scriptum: No segundo parágrafo do texto existe uma generalização que carece de esclarecimento. Quando falo que os protestos contra os aumentos foram maiores com um partido de esquerda que com a direita no poder municipal – tendo a esquerda reajustado a tarifa em R$0,90 num período de 114 meses e o atual Prefeito elevado a mesma em R$0,75 em 49 meses – não estou, contudo, querendo resumir a potencialidade das manifestações e ações do movimento perante as tendências políticas de quem está na Prefeitura Municipal. Isso seria uma forma de delimitar toda a centralidade do movimento na esfera política, visão a qual não defendo.
Estou querendo, somente e sem maiores pretensões, exemplificar o ativismo do movimento local nestas duas formas de governo, como forma de contraposição ao que se vê em âmbito nacional com o Governo Lula (imaginando que os leitores do blog teriam tal pré-requisito numa leitura implícita), quando se deu exatamente o inverso – basta ver a reorganização [e a necessidade da mesma!] dos movimentos estudantil e sindical, em curso desde 2004.
Para explicar essa questão decentemente, contudo, seria necessário um outro texto, que frisa-se uma análise de conjuntura contemporânea, do neoliberalismo chegando ao Brasil no Governo Collor até o ano de 2005, quando o escândalo do Mensalão escancara as contradições (que já eram conhecidas nos meios acadêmicos) do Partido dos Trabalhadores.
22 comentários:
"não queriam participar de um espaço onde haja partido político envolvido"
Hahaha! De onde você tira essas conclusões (entre outras já publicizadas) sobre o CAZP, é da cartola? Ah! Agora foi da suposta "partidofobia"! Explicou. E estaria no debate de "dissidência" com o AdM a fonte de fundamentação, certo? Se liga, tu chegou um dia desse no AdM. Não participou de muita coisa que eu participei intensivamente em meu tempo ou que acompanhei por fora depois. Mas ainda assim, o que tu fala creio que tem as respostas em várias passagens no debate interno que foi feito na ocasião da nossa saída (ainda que não de maneira tão específica). Se ainda não entendeu (pra isso, diga-se, não precisa concordar!), e prefere resumir tudo a uma "partidofobia", paciência. Já foi, página virou.
Mas se te interessa de fato o debate quanto a forma "partido" de organização, tente entender que a crítica está na relação a se estabelecer entre este e o movimento social (e ser simplesmente "partido" não a define de antemão). Eu sei, você continua sem entender. Não o culpo.
Sobre nossas virgindades, é a mesma coisa da "partidofobia". Confunde uma coisa com outra. Entende nossa ênfase na questão da coerência política, na defesa da ética enquanto princípio militante (não confundir com o "ética na política" que se vê nos parlamentos da vida) e na condenação de certas práticas no movimento que são naturalizadas, confunde tudo isso, com uma suposta proclamação nossa de estado de pureza. Sendo que estamos aí, vivendo o mesmo mundo capitalista, no reino do individualismo, e, portanto, convivendo nas contradições que qualquer militante socialista vive ou qualquer movimento vive. Ou seja, não somos imunes. Mas uma coisa me parece certo, determinados modo de intervenção política, certas práticas e orientações políticas facilitam, outras inibem...
E nosso suposto isolamento é um tanto quanto pretencioso de sua parte, sendo bem diplomático, pois caberia perguntar: isolado de quê e de onde? Se não estamos no mesmo espaço que você, só podemos estar isolados, seria essa a lógica? Se for, me faz pensar que você está no "olho do furacão". E aqui espaço que digo vira grupo, porque mesmo com as baixas que tivemos no ME, estamos nele fazendo em linhas gerais as mesmas lutas que você faz. Se não é na mesma força que outrora, é outra discussão.
Sobre a luta e o comitê:
Houve participação de militante nosso junto a RP em duas reuniões e no ato do CEPA. É fato que não demos e não vamos dar prioridade ao comitê (que pelo que você relatou, esvaziou-se). Não tenho a menor vergonha de dizer isso e ninguém de nós alimentou outra coisa, ninguém abriu a boca em ato ou reunião pra falar o que não vai fazer. Também não acho que temos que mandar "carta" de alguma coisa, explicando qualquer coisa. Mesmo porque nesse pouco tempo sempre estivemos mais como apoiadores, efetivamente, do que como aqueles que estavam com mais responsabilidades, ara garantindo a viabilização de ato, panfleto, etc. E pelo visto, não tinha ninguém, porque fui a um ato que não tinha nenhuma faixa, nenhum panfleto do comitê. Caberia perguntar se houve na verdade uma tentativa de se formar um ou se de fato houve um.
Enfim, a pauta é evidentemente legítima e a luta necessária. Assim como são várias outras lutas que surgem e são criadas, e é óbvio que em boa parte não estaremos (inclusive você). Enquanto pauta e luta tem nosso apoio, se pudéssemos tentaríamos colaborar melhor pra construir algo diferente. Mas como você bem já disse, somos "cinco anarquistas rebeldes", logo, por razões que as ciências naturais pode lhe ajudar a entender não podemos estar em todo canto. Na primeira reunião e primeiras atividades não estivemos porque nossos militantes já estavam ocupados com outras atividades ou impossibilidades pessoais, e não iremos largar mão delas para se jogar (sim, essa seria a palavra) numa aventura que sabíamos até onde ia. Além do que, ao contrário do que você pensa que nós pensamos, sabemos perfeitamente das nossas forças e das nossas possibilidades de intervenção que seriam bem limitadas, mesmo que se somando a outros atores como o próprio AdM, que me pareceu comungar da mesma descrença quanto as possibilidades da luta ganhar corpo. Não é questão de ego, de ser paladino ou de ter partido.
Sobre a permanência da pauta dos transportes, com espaço de discussão especifico, isso é quase que uma condição básica para possibilitar a luta em condições de derrubar um aumento ou arrancar alguns direitos. Isso há anos que se fala, mas pouco se faz a respeito. De nossa parte, ano retrasado acho, tentamos tomar isso a sério e insistimos a manutenção de um espaço depois do fim dos atos. Mas não durou muito, eram 4 pessoas por reunião, nenhuma entidade naquele momento e... breu, acabou-se, mais uma vez! Mas sei que a questão também não é simples, pois as entidades e movimentos também têm suas pautas especificas entre outras gerais, e a manutenção de espaços assim não são fáceis de ocorrer. Além do mais, o ME secundarista daqui, que no fim das contas é quem sempre pode melhor engrossar as atividades, não parece estar organizado com essa força. De todo modo, esses últimos anos nem para experiência e formação de militantes tem servido, haja vista que se cometem os mesmo erros, e não se consegue fazer outra coisa senão as mesmas formulas de atos e mobilizações.
lf.
Lucas, você diz que eu cheguei “um dia desses” no Além do Mito e que – por isso – não tenho conhecimento do que você “participou intensivamente em seu tempo”, locus temporal onde estariam as respostas para a questão da partidofobia. Não é isso?
Bem, não vou mensurar militância de ninguém, mas você me imputa a uma pequena digressão sobre a minha. Você conviveu comigo em gestão do DCE-Ufal (2003-2004), na Comuna Estudantil (2004-2005) e no começo do Além do Mito, quando da primeira eleição pró-DCE, ainda como chapa que congregava CAZP, PSOL, PSTU e independentes (2005-fevereiro de 2006). Isso sem contar com a ocupação da reitoria de 2005 e os diferentes comitês contra o aumento das passagens. Em abril de 2006, fui trabalhar na Adufal e naturalmente me afastei.
Mas o que em 2006-2007 passou pela Ufal que eu não estive presente ou não tive conhecimento, já que o meu emprego me mantinha muito próximo de tais acontecimentos? Houve o Conat e o ENE (maio de 2006) – que só não fui devido a vinda do Mészáros para Maceió; o comitê pró-voto nulo (maio de 2006); a eleição da Coração de Estudante (agosto de 2006); a luta contra os cursos pagos (novembro de 2006); o adiamento do V Congresso do DCE (novembro de 2006); os atos contra o aumento das passagens (janeiro de 2007); o 23 de abril como dia nacional em defesa da educação pública (2007); o 1º de maio classista da Conlutas (2007), a Semana Contra as Reformas Neoliberais (maio de 2007) – que culminou com a segunda ocupação da reitoria; o V Congresso do DCE (junho de 2007); a perda da Adufal para as lutas (junho de 2007); a greve do Sintufal (julho de 2007); a formação da comissão gestora do DCE-Ufal (setembro de 2007); o fechamento da universidade pelo MST (setembro de 2007); a tentativa de greve por parte da Adufal (outubro de 2007); a marcha para Brasília (outubro de 2007); o comitê e as lutas contra o Reuni (outubro-dezembro de 2007).
Posso ter esquecido uma coisa ou outra, equivocado-me numa data ou outra, mas disso tudo lembro-me bem. E não precisei de pesquisa para sair citando tais acontecimentos, tenho memória muito boa. Então você pode citar, como exemplo para a inexistência de uma partidofobia por parte do CAZP, a não inclusão do grupo Além do Mito no comitê pró-voto nulo de 2006, onde vocês defenderam o não ingresso no mesmo por conta da presença do PSTU no grupo, certo?
Mas você esquece do comitê contra o aumento das passagens de janeiro de 2006, quando da sua divisão (após o impasse entre jogar ou não ovos no prédio da Câmara Municipal). Naquele momento, quando o Além do Mito praticamente sozinho avaliou que deveria criar um outro comitê – e minha análise também foi nesse sentido! – foi o CAZP um dos defensores de que no novo comitê NÃO HOUVESSE bandeiras de partidos políticos em nenhum ato ou atividade do mesmo, o que foi prontamente seguido pela maioria, mas com minha objeção – que na época era do PSTU. No sábado seguinte, na primeira reunião daquele comitê, na Praça Sinimbu, fomos Gustavo Pessoa e eu para tentar participar do mesmo. Ouvimos de você, Lucas, que os partidos poderiam estar no comitê, mas que não teriam liberdade para fazer nenhum tipo de propaganda de si próprios, motivo que levou o PSTU a não participar daquela construção. Se isso não é partidofobia, eu posso chamar do quê?
Então, depois de tanto escrever, eis que o digo que a fonte da partidofobia não está na minha cartola ou – apenas – na recente dissidência com o Além do Mito, mas vem de antes. Poderia citar, ainda, o episódio do boné do Gustavo Pessoa (lembra disso?), mas como naquele tempo éramos muito amadores, preferi desconsiderar tal fato.
Sobre o isolamento, falo dele pelo motivo do CAZP nunca ter levado sua política descolado/por fora de uma entidade geral ou de um grupo político organizado; e não por estarem num espaço diferente do meu. Desde que saí da Comuna Estudantil e fui ao PSTU, em junho de 2005, que estamos em espaços diferentes, percebeu? E antes da saída do CAZP do Além do Mito, em setembro passado, eu nunca havia tocado em tal argumento.
O CAZP, quando foi fundado em 2002, tinha o Falcon no DCE-Ufal. Em 2003 tinha você na mesma entidade. E entre 2004 e 2008 esteve na Comuna e no Além do Mito, disputando o DCE em duas ocasiões (ambas em 2006). Agora, após seis anos, o CAZP vive a experiência de estar sozinho. Eis o motivo do argumento “isolamento”.
Mas como vocês não suportam viver como “cinco anarquistas rebeldes” por longa data, já se danaram a fundar uma tal de Resistência Estudantil, exato? Conseguiram até fazer uma lavagem cerebral no menino Wibsson, que ficará com vocês até se apropriar de teoria marxiana/marxista suficiente para renegá-los – como aconteceu com Falcon e Wanessa no passado. Bem, de todo caso, vamos ver até onde o CAZP consegue correr usando suas próprias pernas. Não sem motivo, mas pela ausência de teoria para além da/o política/politicismo, aposto que não irá muito longe.
Sobre o comitê, em dois textos, já falei demais. Se vocês quisessem construí-lo e ser consequentes para com o mesmo, teriam feito. Discordar do comitê, eu também discordava. Mas é uma frente de luta necessária, omitir-se/ausentar-se do mesmo por divergências ideológicas que não são fundamentais (ainda mais sem propor nada para o lugar, trocando a luta pelo sossego do lar) não entra em questão – a própria história recente nos ensina que esse tipo de comportamento [purista e dogmático] já nos levou a diversos fracassos.
E quando você fala que “sabe perfeitamente que suas forças e possibilidades de intervenção seriam bem limitadas”, eu pergunto: só vais atuar quando suas “forças e possibilidades de intervenção” forem satisfatoriamente grandes? Sendo assim, meu caro Lucas, não precisas mais sair de casa pelo resto da vida.
Sobre o “já foi feito e breu, acabou-se”, tal argumento não infirma a necessidade de um comitê permanente – que seja bem estruturado e conduzido, diferente desse que você diz que durou pouco e só tinham quatro pessoas por reunião. Estudar ontologia serve para fazer compreender que os processos do ser social não são repetidos por genética humana, mas sim por apreensões teleológicas. Não estamos fadados a repetir o mesmo erro desse comitê que desandou, mas dele e de seu fracasso podemos tirar lições de sobre como não se organizar.
Do contrário, seguindo o raciocínio radicular de seu último parágrafo, a Revolução Comunista aconteceu em Paris, na Rússia, na China, em Cuba, na Coréia do Norte, no Vietnã etc. E o comunismo nunca deu certo, “breu”.
Belo currículo seu de militância! Mas vamos ao que importa (ou nem tanto)...
O que falei sobre o Além do Mito foi somente em cima do que você falou, visto que foi com base em um fato a envolvendo que você "fundamentou" a sua crítica. Ao contrário de você eu procuro não fazer do "adversário" no qual debato uma construção própria. Ou seja, eu não invento ao meu bel prazer os argumentos e posições dos outros para ficar mais fácil de derrubá-lo. Posso, claro, me equivocar nisso e fazer até igual. Mas a freqüência que você faz isso é... como você gosta de dizer: má fé!
Sobre as atividades de 2006, você contou a história pela metade. Vou refrescar a sua boa memória (também sem fazer pesquisa, hein!). Os atos estavam toscos. Quase todas as organizações/partidos tinham panfleto, mas o comitê não tinha, não havia faixa nem nada. Rolou um que foi o "ó do borogodó", com a juventude do PSB, especialmente, se comportando toscamente. O pau comeu e o AdM em geral, nós inclusos, caiu fora ao final do ato. E óia, quem chegou a bater boca não foi nem gente do CAZP, visse! Mas tranqüilo, errado que não foi.
O que foi que aconteceu? Foi tentado puxar outro espaço, com visão de médio/longo prazo. E a perspectiva que se pensava era a dos MPL´s que existiam com mais força na época em algumas cidades brasileiras. Dentro desta perspectiva e como conclusão de todos que ali estavam, visto a recente experiência, a questão das bandeiras foi algo quase que defendido naturalmente por todos (não só naquela reunião que você fala), no sentido de que era preciso dar visibilidade a pauta de luta e era ela que ia gerar identificação para agregar pessoas. Esse todos inclui a militância do AdM, e aí fica a pergunta: seria ela também partidofóbica por causa disso? Ou você vai dizer que manipulávamos a mesma? Mas se quer saber, pensando hoje eu nem defenderia isso de novo. Também não me arrependo não, coisa tola e que faz parte.
Mas enfim, você pense o que quiser, até porque você se quebrou todo ao citar vários exemplos nos quais estávamos juntos a outros partidos políticos (mas as referências a situações isoladas e descontextualizadas são sempre prato cheio para se “vencer“ um debate)... de todo modo não tenho o menor interesse aqui de defender "os partidos", apenas não acho justo imputar uma coisa a nós que não é verdadeira, sobretudo, da maneira em que foi posta.
Sobre nossa participação ou não no Comitê e o grau dela, você não entendeu. Não creio falar grego. Deixa eu tentar ser mais claro. Não falei de divergências e ficou bem claro que é questão de opção política por razões internas, que está relacionada com as nossas capacidades. Digamos que você tem duas situações de luta, mas você só pode dar conta de uma, qual é a que você escolhe? Escolhe a que você avalia como a que tem tudo pra não dá em nada? Não somos sadomasoquistas, meu senhor.
Sobre o último paragrafo, mais uma vez você não entendeu. Não vá ficar em crise, mas se você não percebeu eu estou concordando com você, apenas agreguei alguns elementos, como a experiência de 2007 que não foi pra frente ("breu e acabou-se.." hehe) e a dificuldade que de fato existe para se fazer uma luta como esta. Não disse que não era pra fazer. Mas quando só se entende o que se quer entender, fica difícil.
Dá pena viu? Enche a boca pra falar de "ontologia", mas as vezes esquece de dar o "salto ontológico". Resultado: age feito burro! (só não vá me passar seu currículo, agora de notas).
lf.
O currículo não é muito diferente do seu, Menezes, a não ser pelos movimentos de área de cada um. É até menor, já que atuei num período um pouco mais curto. Mas não pense que o transcrevi prazerosamente: só fiz isso pelo seu argumento de chegar “um dia desses”, como se fosse desconhecedor das coisas.
Sobre o comitê de 2006, a história não foi contada pela metade. Eu falei exatamente o que aconteceu. Você coloca a sua motivação particular – que também foi da maior parte do Além do Mito – para tal defesa, que é inteligível, mas não retira minhas discordâncias sobre tal argumentação. E é bom saber que você não defenderia mais aquilo.
Para dar-lhe uma resposta: não! O Além do Mito não foi manipulado por vocês, foi convencido pelos seus argumentos, o que é outra situação. Mas foi um convencimento adotado muito mais pelas circunstâncias recentes – os problemas do comitê não possuir sequer um panfleto, por exemplo – do que pensado de maneira a tornar o comitê aberto e acolhedor às diversas organizações que lá precisariam estar presentes, para que o mesmo se fizesse vivo.
Convencimentos desse tipo, imediatistas, quase sempre dão em fracassos. Foi o que aconteceu no começo de 2006, com o convencimento de se firmar esse “novo modelo” de comitê. Assim como já havia acontecido no final de 2005, em 14 de novembro, com a desocupação da reitoria. O CAZP, mesmo pequenino, conduziu com seus “belos convencimentos” o movimento às derrotas.
E para dar outra resposta: o Além do Mito, em sua natureza, não é nada. Começou como chapa, tornou-se frente, depois grupo, e recentemente rechaçou a idéia de admitir-se marxista. Justamente por não ter uma natureza política delineada não dá pra dizer que o grupo é partidofóbico ou não. Mas dá para afirmar, e isso faço sem medo, que em 2006 o grupo assumiu sim uma postura em tal viés. Dá para afirmar – ainda – que, atualmente, o grupo não vem mais assumindo tais posturas. Mas não dá para dizer que o grupo não assumirá mais esse comportamento, já que política e teoricamente o grupo aprovou por continuar indefinido. Tudo vai depender da situação e da correlação interna de forças.
É um erro (mais um!) para o Além do Mito avaliar, como quando apoiou e aprovou a defesa da política de cotas raciais na Ufal, no V Congresso do DCE, em junho de 2007. Lembro-me de ter defendido o voto contra as cotas sozinho, conseguindo apenas o voto da Lara. Nesses quase dois anos pós-V Congresso, mais de uma pessoa já me afirmou “ter reavaliado” a defesa das cotas naquele espaço, motivados por leituras d’A Questão Judaica.
Reavaliações acontecem. Foi devido a esse processo dialógico e dialético que o anarquismo caiu em desuso como teoria, caro Lucas.
E já que eu “me quebrei todo” ao citar algumas frentes em que partidos políticos e o CAZP participaram juntos – a meu ver isso não exclui ou joga em contradição as minhas afirmações; trata-se de expor determinadas incoerências (que surgem dentro da categoria da necessidade) do CAZP, que por não ter pernas para andar sozinho precisa ser carregado por outros – então vou citar, no campo da partidofobia, outro fato: a chapa pró-CACS 2003-2004 “Inteiros, não partidos”. Serve este exemplo, ou estaria eu contando a história pela metade, me valendo de má-fé e deturpações?
E sobre o comitê e a participação do CAZP no mesmo, Lucas, cabe dizer que entre organizar uma “Resistência Popular” com trabalhadores precarizados e/ou informais; ou organizar um comitê para debater o transporte público acessível para a população; – duas atividades que englobam campos reformistas de intervenção política – fica claro que a segunda atividade é mais ampla (por envolver outros atores políticos) e fácil de ser viabilizada que a primeira (até pelo fato de ser uma luta já trilhada e com experiências práticas consolidadas).
Não entendo, então, como um grupo pequeno, limitado e com pouca capacidade de atuação faz opção, entre duas opções, pela mais difícil. Aí vem o argumento: “estamos na Resistência Popular faz algum tempo, não vamos largar dela agora por um comitê.”
Muito justo. Mas pergunto: não é de interesse da Resistência Popular a “resistência” ao fato do transporte público tornar-se mais inacessível aos pobres? Defender a classe trabalhadora, stricto sensu, não significaria – também – “resistir” a isso?
Como já falei (http://blogdomariojunior.blogspot.com/2008/11/somente-o-proletariado-uma-classe.html), vocês não possuem conhecimento do que estão empreendendo – organizando o lumpemproletariado como se este “produto passivo” pudesse se insurgir de alguma forma eficaz contra a perspectiva burguesa –, por isso optaram pela primeira tarefa.
De todo caso, PCR, PSOL e PSTU podem usar dessa mesma argumentação: de que são “pequenos, limitados e com pouca capacidade de atuação” para justificar a ausência de um ato que os mesmos agendaram. Duvido que o CAZP fosse aceitar tal desculpa como justa.
Desculpe se “agi feito burro” de novo, mas acredito que vá ficar essa impressão já que ambos só entendemos o que queremos dos textos do outro. O currículo de notas não será necessário.
Lavaram meu cérebro. xD
Sim Wibsson. E com água de esgoto!
Pobre de mim.
Certo, em 2005 contribuimos para aquele desfecho da ocupação e até onde sei a maioria continua avaliando hoje como a atitude correta. Assim como depois, na outra ocupação, também contribuimos para o desfecho que ela teve. Talvez nessa você a considere vitoriosa, e não deixou de ser um momento importante, mas como você ainda não deu o salto ontonlógico não consegue perceber que em termos relativos a de 2005 ainda foi mais. Enfim, não vem ao caso.
Só uma coisa, não adianta você cobrar nossa ida a um ato que não convocamos. Sinceramente, mas só você, incapaz de avaliar situações reais e concretas (não presentes na ontologia de luckás), achava que nesse ato ia ter alguma coisa. Otário, a gente não é...
Esperamos que na próxima tentativa do movimento se organizar em situações como essa de aumento, ele tenha mais sucesso. E quando a coisa for séria ou tiver chance pra isso, nos dedicaremos.
obs1: deixa de colocar palavras em nossas bocas e deduzir potoca.
obs2: sobre o CA em 2003 a situação é similar ao do transporte em 2006 e você conta a história pela metade (vale-se apenas do efeito do fato em si). Ok, não insistirei mais.
lf.
Lucas, na ocupação da reitoria de 2005 o movimento saiu derrotado. Ficamos por 19 dias no gabinete reitoral e saímos com qual conquista?
A saída do Eurico Lôbo da Proest? Isso era algo que já estava programado e não teve efeito prático nenhum.
O cancelamento das atividades acadêmicas durante a greve? Coisa que só não havia acontecido até a ocupação pelo fato do Colegiado Especial (antigos Cepe e Consuni) ainda não ter se reunido.
A não cessão dos equipamentos da Ufal para uso privado? Isso também já estava regulamentado como só sendo possível com a aprovação do Consuni.
Fim das taxas acadêmicas? A reitoria extinguiu algumas cobranças, conservou outras e aumentou os valores destas, quase que dobrando a sua arrecadação anual com as taxas – fato que gerou muitos protestos/insatisfações no Consuni do dia 5 de dezembro daquele ano. Isso é/pode ser considerado como vitória?
Enfim, ampliação do RU e abertura para todos a preço de custo, reforma da RUA, construção de sede para o DCE e todas as demais pautas que chegaram num momento ou noutro a ser incluídas, nada disso foi conquistado em 2005. E claro: o movimento aceitou a palavra da Reitoria (quanta inocência!) numa assentada que – sem prazos firmados – nada garantia. E não sem ter como prever tal tragédia, pois essa consequência foi afirmada por Elaine, Fabiano Duarte, Lara, Wanessa e eu, naquela reunião de domingo (13 de novembro).
Quem ainda avaliar que aquela atitude (flexibilização da pauta para garantir a saída no dia 14) foi correta só pode não entender o saldo daquela ocupação ou estar querendo falsear a realidade.
E para sustentar que a atitude foi correta é preciso expor os motivos dos acertos, é necessário mostrar quais os ganhos que obtivemos com tal “atitude correta” (ganhos materiais, pois era um movimento reivindicatório que levava a sério a possibilidade de ver a parte central da pauta atendida!), e não ficar apenas na pura e vazia afirmação do “fizemos a coisa certa”. Você tem alguma conquista para apontar daquela ocupação, Lucas? Acho que você está no Mundo da Lua...
Em 2007, se não erramos, foi exatamente por não fazer o que fizemos em 2005: flexibilizar as reivindicações e aceitar o que a Reitoria nos propunha como pauta máxima. E que bom que isso não foi feito, pois se fosse seria horroroso, já que pouco mais de 50 estudantes estariam desacatando o que uma assembléia com 555 aprovou.
E claro: se a pauta da segunda ocupação ainda não foi contemplada nos dias de hoje, isso muito se deve a falta de um movimento para cobrá-la como deveria (DCE sem gestão, Reuni e repressão contribuíram para isso), pois a assentada de 2007 é insofismável em relação a compromissos a serem cumpridos e seus respectivos prazos.
Outra coisa para ficar clara: eu não coloquei no texto que o CAZP convocou o ato, mas sim que o CAZP também fazia parte do comitê (já que participou do ato anterior), portanto também tinha responsabilidades com o mesmo – entre as quais, se fazer presente nas atividades públicas agendadas. Não creio que essa afirmação seja nenhuma impropriedade. E quem ler o texto vai perceber que quando me refiro à convocação da atividade estou me dirigindo aos partidos PCR, PSOL e PSTU.
Não fui apenas eu que foi ao ato. E não fui ao mesmo otimista, achando que ele iria ser isso ou aquilo. Fui pelo motivo de que ele só poderia ter a forma que os presentes ao mesmo dessem. Depois você fala também para Hitallo e Shuellen que eles “não sabem avaliar situações reais e concretas” por terem comparecido na atividade, sendo – por tabela – “otários”. Seja indene.
Não esperem apenas que a organização do movimento caia dos céus – pois deus não existe – ou nasça em árvores. Apareçam no momento em que ele está desorganizado para organizá-lo, e não apenas nos momentos em que o mesmo possa ser “frutífero” para quaisquer finalidades. Isso soaria como oportunista.
E deixa de se fazer de desentendido, Lucas. Eu não coloquei nenhuma palavra em sua boca (e nem reclamei das que você tentou colocar na minha!) e a chapa “Inteiros, não partidos” nada tem a ver com a situação do comitê de 2006.
Mas tudo bem, já que o mundo pra você é moldado ao avesso. Quando você está errado, apenas se equivoca. Quando você pensa que os outros estão errados, os outros estão com má-fé.
“Não nos resta senão rir diante desse espetáculo, porque como não rir quando se vê um homem que luta contra as próprias fantasias, aniquila suas invenções e ao mesmo tempo afirma com ardor que derrotou o adversário?”
Esse menino é uma graça. Mas vamos lá.
Sobre a ocupação, se te interessar veja no link abaixo. Nele tem melhor o quis dizer na comparação.
http://cazp-al.blogspot.com/2007/07/boletim-01-ocupao-na-ufal-ensinamentos.html
Sim, de fato você não colocou que convocamos. Me retifico na segunda mensagem. Mas de todo modo essa sua cobraça é sem noção e no final das contas da no mesmo. Agora porque você esquece que somos "insignicantes", não é? Mas tenhya certeza que a pauta do transporte é nossa também.
Sobre a questão do "otário". Os companheiros que você citou são do DCE e estão certos em ir, afinal a entidade também convocou. E você também não está errado por ter ido, só não vejo sentido você atribuir parte desse fracasso ao CAZP.
Bem, mas até onde eu sei a avaliação do Hitalo não era pra se fazer atividades como aquela. Se liga, o comitê morreu no ato do CEPA e no dia seguinte, quando a maioria avaliava como um "ato positivo"... Você só foi por enterro.
Sobre eu meu "me fazer de desententido", o que falei foi sobre o que você escreve pondo palavras em nossa boca a respeito da RP e suas atividades, sobre o CAZP e o que nós defendemos ou deixamos de defender. Esclarecido?
Sim, eu erro e bastante. O único detalhe é que "minhas verdades" não as encarro como você as encarra as suas. E perceba que basicamente em tudo aqui, me limitei a responder/exclarecer uma coisa ou outro que você afirmou.
E pra você ver como erro: estou aqui, trocando mensagens com você. Tem coisa mais sem noção? :)
lf.
Tem uns erros, mas dá pra entender. Não se preocupe em corrigi-los! :)
Lucas, no texto que você me indicou a análise está sustentada em cima de quê? De ilusões estratégicas que o CAZP planejou?
A ocupação de 2005 não foi feita pensando noutra ocupação para dois anos depois. Deixemos isso claro. E é óbvio que a ocupação de 2007 surgiu pela derrota da de 2005.
A limitação do número de ocupantes em 2005 existia desde o primeiro dia. Se esse quesito fosse motivo para não levar aquela ocupação adiante, teríamos desocupado – então – após o Consuni do dia 7 de novembro, quando decidimos [por ampla maioria] permanecer no prédio. Ou até mesmo antes.
De todo caso, o que mudou entre 7 e 13 de novembro para que a desocupação fosse vista como necessária? Não foi nem o desgaste físico e subjetivo (este já existia de data anterior) e nem o número de militantes presentes na ocupação. Essa mudança o texto do CAZP negligencia em sua análise: foi a reintegração de posse e a ameaça de multa de R$1.000,00 por dia, que recebemos de uma Oficial de Justiça, em 11 de novembro.
Portanto, não me sai da cabeça [até por ser bastante lógico] que a coragem para lutar de muitos – inclusive a sua! – acaba quando o poder judiciário faz qualquer ameaça. E isso por estarmos numa luta meramente reformista; fico pensando como seria se estivéssemos na ilegalidade – em dezembro de 1968 (pós-AI-5) – ou num estágio pior – numa guerra civil ou revolução política –, em como seria o comportamento desse tipo de “revolucionário”.
No mais, apenas no final do quarto e no quinto parágrafo do tópico “Duas ocupações, duas táticas e duas vitórias... o pensar estratégico para o acionar tático” é que o texto frisa sobre o momento de 2005, sem evidenciar quaisquer conquistas daquela ocupação – a suposta vitória resume-se ao fato de 2005 ter possibilitado 2007?
Portanto, caiu no mesmo lugar comum de seu comentário anterior: brada gritos de vitória perante um resultado inexistente. Isso é falsear o real em nome de uma razão ideológica absoluta!
É claro que somente por ter certeza de que a pauta dos transportes pertence, também, ao CAZP que cobro a participação da entidade no comitê. Se a pauta lhes pertence, como você mesmo fala, por qual razão é indecoroso fazer tal cobrança? Sem noção apenas é o seu argumento para querer se eximir da responsabilidade de algo que afirma lhes pertencer.
E sobre a avaliação do Hitallo – pode perguntar ao mesmo! – acerca do comitê e do ato da Praça Centenário, ela sempre foi idêntica da minha. Eu não estava menos ou mais esperançoso ou desiludido que ele quanto ao comitê. E nem por isso nós deixamos de nos fazer presentes no sepultamento do mesmo, já que – de fato – o que havia era a convocação de um ato público e ninguém iria adivinhar que tal mixórdia fosse ocorrer. Futurismo não é desculpa para ausência, é apenas uma forma de maquiar o sectarismo.
Fico pensando: se o ato existisse e fosse bem avaliado, o que também era possível, qual seria a justificativa do CAZP para ter se excluído dessa luta? Que erraram na previsão de que o ato não teria serventia alguma?
É óbvio que você respondeu o que eu afirmei (dentro de sua perspectiva, da qual – como mostram esses comentários – eu discordei de praticamente tudo), afinal de contas isso é um blog e o texto foi escrito por mim. O inverso – eu responder ao meu próprio texto – é que seria difícil de imaginar. E as correções ortográficas ao texto do blog do CAZP seriam poucas, mas não fiz. Relax!
Meu fio, tu andou tentando dar o "salto ontológico" e rachou com a cabeça no chão foi? Larga a mão de ser burro!
Onde é que se diz que na ocupação de 2005 já se pensava na de 2007? Se acha tão esperto, mas sua boa memória o faz esquecer que tanto uma como outra não tinham sido "programadas" nem se quer pra se estender mais que um fim de semana!
E porque a de 2007 não lutou contra o fim de todas as taxas e se limitou a denunciar o desrespeito ao "acordo rebaixado" da de 2005? Porque não avançou no RU e acabou pedindo ainda menos comensais? Você diz: "...é óbvio que a ocupação de 2007 surgiu pela derrota da de 2005".. haha! Que afirmação mais sem nexo. A realidade dissipa sua balela. Quem quiser que te compre!
Medo do poder judiciário? E em 2007 poderia ter o que? flores da justiça? E se na análise comentada não há referência a esse debate é porque não haveria sentido pra nós retomá-lo dois anos depois, ainda mais uma coisa que pra nós foi completamente surreal e esquizofrênica. Fala sério, não vou voltar a esse fato do "Congresso da II Internacional", quer dizer, digo, da ocupação de 2005...
E peço desculpas por te chamar de burro mais uma vez. Errei de novo! Você merece ser chamado de CANALHA e CABA SAFADO porque é o mínimo que você tem demonstrado ser por essas suas atitudes (ontem me mostraram um texto seu – mais um! – dedicado ao CAZP). Espero que em breve você escreva também no blog do Diogo Mainardi. Se você não já tiver cometido suicídio ou não tiver voltado pro templo evangélico, não duvido que você venha a se tornar daqui a um tempo um direitoso qualquer (sim, um qualquer, porque suas pretensões em aparecer só são realizadas enquanto "palhaço").
E "currículo" pra ser direitoso você também tem, pois não há constrangimento em se fazer piadas a torto e a direta (ops!) de teor homofóbico, sexista, anti-nordestino, entre outras atitudes de menino mimado..
Com toda sinceridade, mas boa sorte ao Além do Mito, tem em mãos o "militante-bomba" do ME, acunha que não vem só de mim, é por reconhecimento de muitos. Explodiu em 2003 e duas vezes em 2005. Faz tempo que não lembro de um "xilique" novo (talvez pôr, como demonstrou seu currículo, ficou depois como assessor de sindicato). Mas quem não conhece, vai conhecer.
lf.
eu vi meu nome, mas não deu para pegar a 1° parte dele ou quando ele saiu 1°. É um pouco longa a discussão e eu não deu deu para ler toda, só o 1° post do Lucas. Posso falar "bobagens ou estar enganado" mas acredito que a avaliação do Comitê pelos os dois são deveras parecida e "diga-se de passagem" eu concordo com os dois. O comitê desde seu fatidico começo - uma reunião com mais de 50 entidades e quase 100 pessoas - não diferia do começo dos outroras comitês e seu fim tb não. Não farei uma leitura completa do Comitê porque ambos fizeram e concordo, mas em relação a culpabilizar alguem ou organização o CAZP seria a menos onerosa. No Ato do Cepa em que tinha militantes do CAZP (e uso CAZP por uqe não sei diferencia da RP)nos concordamos com td que estava se passando no Comitê e no ato (Lucas descreveu muito bem) e a analise que fiemos é em muito igual a analise do AdM, por isso não vejo o porquê de tanta discordância em relação a amobos. Ah e nas reunioes do Comitê que participei (foram três e o CAZP estava em duas) as minhas falas eram na mesma linha que a do CAZP e acredito que isso se deu e se dar por vemos o Comitê do mesmo modo.
Ah no último ato que só estava eu, Shu e Mario é verdade que não apareceu mais ninguém, masd nmão culpo o CAZP or não ter ido até porque acho que nós (os três do Ato)é que fomos confiantes demais em ir para um ato que não tinha nada de mobilização e que estava na cara que era para mostrar a "sociedade alagoana" que o Ricardo Barbosa consegue mobilizar em frente a assembléia (acho que esse acento vai sumir com a reforma gramatical mesmo assim coloquei).
Acho que isso sei que muito dessa discussão tomo outro rumo, mas a questão central que a discussão sobre o transporte público é idêntica em ambos e que as organizações em que os dois atuam tem muito em comum em relação a essa discussão. Só para terminar, ainda bem que nos do AdM tinhamos companheiros do CAZP nas reuniões dio Comitê, pois senão seriamos os únicos(AdM) "poetas de um Comitê caduco e que preza a construção dos seus ´partidos".
P.S. prometo ler todo o tôpuico e depois comentar, só não sei quando.
Agora li atéa parte que vi o Lucas tocar meu nome. E foi verdade eu falei que atos com o aaquele do Cepa (ato de vanguarda conforme os P´s chamou) não deveriam e não devem acontecer atos sem monilização, sem organização, sem um "bocado" de coisas. E tb que o Comitê não daria certo do modo como ela estava se organizando e isso não difere da avaliação de vcs (Lucas e Mario) e nem das organizações ou grupo em que participam (CAZP e AdM) agora digo isso por mim e não pelo grupo que participo Fui para o último não ato por ser meio pateta, porque a situação mostrava que não ia dar certo e memso assim estava lá junto com mais duas pessoas. Antes tivesse acreditado na minha avaliação e tivesse em casa estudando.
Não há como culpabilizar pessoas que tiveram a mesma avaliação do Comitê - e AdM e CAZP tiveram a mesma avliação do ato do cepa e defendemos que não deveria ter mais ato enquanto não tivessemos uma organização ou que aqueles que dão o gás do Comitê (estudantes do cepa e Ufal) voltassem a aula e fomos 'engolidos' pelos P´s, que na 1° fala (uma pessoa do Pstu disse que o ato foi vitorioso e que deveriamos avalia-lo e tira a data do próximo e essa pessoa nem estava no dia do ato que ela mesmo propôs).
Voltando ao motivo que me levou a escrever esse post acredito que meu nome foi usado acertadamente. Ah e concordo com o 2° texto do Mario em td tirando alguns pontos em relação a 1° parte do 2° texto.
Hittalo
A diferença entre o cazp e a resistência popular está na base de acordo de cada uma, o cazp é um coletivo anarquista, unilateralmente.Já a resistência popular pelo que eu pude perceber admite militantes marxistas, desde que os mesmo sejam desvinculados de partidos que participem de eleições burguesas.
Lucas, corrija-me se estiver errado.
Sim Wibsson, é bem por aí. A resistência não é anarquista (o que já diz muita coisa) e reune militantes a partir de sua base de acordo.
Hitalo,
gostei de você ter se pronunciado. Ainda bem que você colocou a discussão no lugar certo.
Mas se você perceber, em nenhum momento eu me pronunciei para discordar do que existe de análise enquanto ao comitê e a luta pela passagem. Mas até quando escrevi concordando, fui refutado! haha!
Me limitei, em relação a esse tema, a discutir o que existia de "crítica" a respeito do CAZP. E é engraçado ver que o texto parece levar a crer para um determinado fechamento, mas eis que vem a pimenta e o CAZP ganha, sozinho, quatro paragráfos (e é também impressionante como o texto nesse momento ganha em rispidez e em adjetivos). Os demais grupos, juntos, tem uns três paragrafos.
Enfim, se a coisa descambou pra outra discussão é porque na verdade a discussão política séria nunca esteve em questão. Ela não existe aqui, como também não existe nenhuma polêmica se deve-se ou não se solidarizar na luta de pescadores que pautam a luta a contra a transposição do rio são francisco, a poluição das lagoas por usinas e braskem, etc.
Isso tudo que se arrasta já há um tempo é invenção de menino birrento e enciumado, pra dar vazão a seus problemas e distúrbios pessoais, mas que faz também a alegria de alguns.
Mas nem por isso deve-se ignorar completamente. E é preciso também que os responsáveis pela criança tomem atitude. Os pais às vezes acabam pagando, sendo considerados no mínimo coniventes. Acho que fui claro!
abraço!
lf.
Lucas, as lutas não são programadas em agenda, elas tomam os contornos que a correlação de forças e a mobilização dos lados em confronto permitirem. De fato, tanto a primeira quanto a segunda ocupação foram voluntaristas, ambas começaram com a intenção de ficar por um único dia no gabinete reitoral, mas com a mudança de conjuntura se estabeleceram por maior período e tiveram intenções de angariar vitórias sim, não apenas de caírem no denuncismo à administração da Ufal.
Quando vocês falam que “a ocupação de 2005 possibilitou a ocupação de 2007” – sendo que o texto de vocês trata que os dois momentos foram vitoriosos; eu trato como vitorioso apenas o segundo – foi o ponto de partida que tomei para afirmar que a de 2005 se consumou em derrota (dentro do próprio texto de vocês), por isso a de 2007 foi necessária.
E se é cabível ao CAZP que um dos pontos centrais da análise da ocupação de 2005 é prescindível por terem se passado “dois anos”, não me cabe achar o mesmo. Cabe-me discordar. A evolução temporal não pode ser vista – sozinha – como um argumento para a superabilidade de tal debate. Por mais que você considere o fato (a ameaça de multa e a temeridade dela) “surreal” e “esquizofrênico”, reafirmo o mesmo sobre ele. E não apenas eu. Vai consultar o Fabiano Duarte e – se tiver coragem – dizer que ele está imerso dentro do surrealismo e da esquizofrenia.
Do comentário nº 13 desta postagem, o qual você deixou no domingo, era isso que teria eu a dizer. Ter de gastar tempo para responder críticas pessoais é estéril e improdutivo. Mas ainda assim, vamos lá.
Lucas, eu tenho o direito de escrever sobre o quê, quem e quando quiser; e de publicar meus textos onde me for possível e permitido. Agrade-lhe isso ou não. Nunca prometi nenhuma generosidade ou eufemismo para com o CAZP, portanto se você esperava isso, tenho que lamentar sua ingenuidade.
Se o texto que você se referiu foi o publicado no blog Mordida de Preá (http://mordidadeprea.blogspot.com/2009/01/cinco-anos-na-universidade-sabem-menos.html), cabe dizer que é um blog de crônicas e de humor (ler as demais postagens para se inteirar sobre o conteúdo do mesmo), onde o Eli também escreveu meses atrás um texto sobre o assalto sofrido pelo Klebson. E não só eu adorei escrever como muita gente adorou ler.
Se o texto que você se referiu foi o publicado no meu blog (http://blogdomariojunior.blogspot.com/2008/11/somente-o-proletariado-uma-classe.html), cabe dizer que é uma análise baseada numa citação de Marx e Engels (citação; seguida de comentário analítico da mesma e aceitação do que foi posto; seguido de crítica a uma situação empírica real). A propósito, Alice Anabuki e Fabiano Duarte também concordaram com a minha análise do que seria Lumpemproletariado hoje, para que não se recaia em que se trata de uma visão isolada ou distorcida de Marx.
Em síntese, são textos que eu não tenho motivo algum para ter medo de escrever e publicar. Não devo nada ao CAZP, por isso fiz e faço de novo. E no que isso me torna canalha ou “caba” safado? No seu julgamento subjetivo arbitrário? No seu ego ferido? Na sua vontade de adjetivar-me de modo dilapidativo? Você se excedeu em tais críticas – e por muito! Para responder-lhe de igual modo, usando de adjetivação subjetivista, reducionista, vazia e ofensiva contra você, teria que me rebaixar ao seu nível de argumentação e escrita. Mesmo sendo o “militante bomba”, não o farei.
Sobre escrever para o blog do Diogo Mainardi, eu acredito que ele não permitiria pelas nossas (minha e dele) divergências ideológicas abismais. Mas, se ele permitisse, sem fragmentar ou recortar o meu texto, não vejo motivos para não fazê-lo: é um sítio bastante visitado.
E, de fato, eu devo ser bem “direitoso” sim. Aqui mesmo está um texto meu, defendendo o aumento das passagens e o prefeito Cícero Almeida. Mais embaixo outro, onde eu concordo com a legítima defesa de Israel contra o Hamas e seus ataques aos palestinos.
Entre coisas que você não sabe, Lucas, uma dela é que eu tive de cortar “na própria carne” por questões de ser “direitoso”, como com a minha demissão da Adufal, que se deu por motivos de eu me negar a escrever uma moção contra o movimento estudantil (por esse ter inviabilizado o Consuni de 10/12/2007). E eu não perdi “um dos meus empregos”; perdi meu único emprego naquele momento. Tenho curiosidade para ver, na prática – e não apenas no discurso! –, qual seria a sua atitude em meu lugar.
Sou tão “direitoso” que não fui trabalhar na Gazeta de Alagoas, por exemplo, por puro desinteresse, preferindo ficar desempregado a escrever por lá, já tendo recebido três convites – o último em dezembro do ano passado – do Djalma Mello (diretor jurídico da OAM), primo do Fernando Collor e marido da irmã de meu padrasto.
Como você mesmo escreve: “a realidade dissipa sua balela; quem quiser que te compre!”
Sobre minhas piadas, eu fiz, faço e continuarei fazendo-as sim. Faço para me divertir com elas, as quais não possuem resultados sobre nada e nem ninguém (pode apontar esses resultados?); sendo somente um falso moralismo esse tipo de crítica que escuto de você e de outras pessoas. No seu caso, também um pouco de hipocrisia. Afinal de contas, a piada “eu acho que os aposentados são seres ociosos, improdutivos e tem mais é que morrer, pois eles só fazem consumir a riqueza produzida por nós, jovens e pessoas ativas” é de sua autoria, não é mesmo?
Sou politicamente incorreto sim; e não vejo nenhum mal nisso. Achou ruim? É uma pena!
Por já ter me delongado demais nessa brincadeira, vou parar por aqui, mesmo sem responder as provocações de ser palhaço, mimado, criança, explosivo, do que quem estuda menos que eu pensa ou diz etc. Sobre ser burro, por exemplo, veja que quem faz correção ortográfica em meus textos não é você. Veja que quem precisa colar numa prova ou pedir para que outros façam trabalhos individuais da graduação não fui eu. E o inverso disso você não pode dizer...
Não existe necessidade de dissipar todo o combustível por agora, num único comentário. Mas são respostas que tenho na ponta da língua e que podem render outros textos bem irônicos – falando nisso, não procure ser irônico, Lucas; ironia é algo para pessoas engraçadas ou inteligentes, e você não é uma coisa e nem outra.
No mais, não serei tão ágil nas respostas por estar, simultaneamente, revisando alguns TCCs e alterando o HTML do meu blog para o estilo de website.
PS: Sobre “os pais/responsáveis da/pela criança tomarem alguma atitude”, nem espere que isso aconteça. Tudo aqui diz respeito apenas “ao crianção”; que é maior de idade; responsável pelo que diz e escreve; jornalista formado e sindicalizado; paga suas contas; e publica textos em mais de um blog por livre vontade e direito. Não estou nem aí para a opinião dos pais, já que eles não possuem autoridade sobre mim.
"E é engraçado ver que o texto parece levar a crer para um determinado fechamento, mas eis que vem a pimenta e o CAZP ganha, sozinho, quatro paragráfos (e é também impressionante como o texto nesse momento ganha em rispidez e em adjetivos). Os demais grupos, juntos, tem uns três paragrafos."
Isso chama-se coesão/estética textual, Lucas.
A crítica aos três Partidos é necessariamente a mesma: convocaram o ato e não foram para ele por não enxergarem um custo-benefício de autoconstrução favorável aos seus interesses.
A crítica ao CAZP era outra: sectarismo e partidofobia. Por isso teve de ser feita em separado.
Por qual motivo escrever parágrafos diferentes para cada um dos partidos se a crítica era similar? Por qual motivo usar mais caracteres do que os necessários para uma descrição satisfatória do conteúdo?
Enfim Lucas, se para você isso - o bom uso da gramática portuguesa - é "perseguição" ou "birra", não posso fazer nada.
Nunca duvidei que muitos riem disso tudo. Se assim não fosse, você não teria tanto espaço para isso. Aos que acham engraçado, meus pêsames.
Sobre a piada que você fala, é completamente irresponsável e sem sentido repitir ela aqui. Já lhe censurei várias vezes por dizer isso (mas isso não tem importancia, não é?). Acescente também que falei isso de maneira sarcástica, enquanto critica a Reforma da Previdência, que ao fim tinha essa lógica (mas isso também não tem a menor importancia!).
Quanto as suas que me refiri não vejo sarcasmo nenhum, sobretudo quando é dito em qualquer contexto, e é assim que são.
O que falei sobre você ser direitoso, não foi mais do que uma reação ao que você disse no citado blog, que "viramos pra direita". Mas tudo bem, os imaculados somos nós, se as opiniões não batem com a sua, é óbvio que somos de direita!
Sobre os pais, você acredita que eu me referi a seus pais biológicos ou de criação?? Tsc, tsc... pra quem não entendeu, serei mais direto: me refiro ao Além do Mito, e espero que os companheiros/as vejam que isso já passou dos limites do aceitavél e nenhuma relação fraterna pode-se se sustentar assim. E mante-la é do nosso interesse.
Não é o caso de você não poder criticar o CAZP, jamais disse isso, que fique claro. Mas sejamos ao menos honesto e tenhamos seriedade na critica.
lf.
Lucas, acredito que - enfim - a "polêmica" desta postagem se esgotou (ou ao menos está em vias disso). E sem quase nenhuma concordância entre nós, o que por mim já era esperado.
Marx e Lenin concordavam muito pouco com Bakunin e Kropotikin. Sentiria-me, portanto, deveras incoerente para com o marxianismo/marxismo se eu fosse ter mais concordâncias do que eles com idéias/proposituras genuinamente anarquistas. De fato, estamos onde ambos devemos estar: cada um em seu lado.
O argumento de eu ser "direitoso" se baseou no meu comentário do blog Mordida de Preá? Foi uma "resposta" daquilo? Então, assim como no Manifesto Anti-Cristo, quando "somente eu acreditei numa brincadeira", foi a sua vez de fazer isso?
E mesmo se fosse para "levar a sério a piada", você não leu a primeira frase da postagem?
Bem, mas você pode usar do argumento que estava sendo "sarcástico" no momento de fazer piadas; eu não, correto? De modo que isso possa valer também para comentários do Blogger, não é? Então está justificado!
Existe sim gente para rir de mim, Lucas. Como você explicitou no comentário nº 13. [e não pense que me importo com isso!] Mas também existe para rir do CAZP, e não duvide de que seja muita gente! E nem vejo motivos/razões para se dar "pêsames" por isso. É algo natural. Por qual motivo o CAZP se acharia intocável, inatingível, imune a piadas? Isso é complexo de qualquer-coisa ou somente mania de grandeza?
No mais, sobre os pais, eu havia entendido desde o começo que era o Além do Mito sim, quando você falou com o Hitallo e disse achar ter sido claro. Eu apenas ironizei, pois o Além do Mito já tocou numa discussão bastante semelhante e acabou optando por não interferir no que cada militante escrever em seus próprios blogs, perfis de orkut etc. Isso é da responsabilidade de cada um e o Além do Mito tem seu blog público para quando quiser debater algo particular ao/do grupo.
O pior é que se eu cheguei "um dia desses" no grupo, como já escreveu, você passou tanto tempo por lá e aprendeu muito pouco sobre a dinâmica do mesmo: o Além do Mito não faz intervenção nesse tipo de situação, Lucas.
Aqui está refletida, assim como nos demais blogs onde publico textos, uma opinião particular minha, assinada por mim. E qualquer um entende isso. Não preciso da autorização (ou "conivência") do Além do Mito para que eu a externe. Ontem mesmo - antes, durante e após a reunião do grupo - ironizei horrores esse seu "pedido", que sequer se consumou como ponto de pauta.
Achou ruim? Que passou dos limites? Que faltou honestidade? É uma pena!
No mais, aprende a escrever: repitir/repEtir - sejamos (...) honesto/sejamos (...) honestoS ...
Dói no estômago ler texto ruim. Com erros de grafia, mais ainda. E eu quem levo nome de "burro"!
Falei do CAZP mesmo, se riem de tu porque é quem conta a "piada". E os meus pêsames porque um dia a bomba vai querer explodir no colo de quem ficando dando de mamar a você. E não seria a primeira vez, né...
Sobre sarcasmo, que pena Mário. Na certa eu nunca tinha dito isso pra você! Sem problemas, agora registra-se que você já sabe! Mas também, tolice minha, você nunca entende um sarcasmo, pois é acadêmico e cientifico demais para pegar essas coisas sem rigor! Compreensivo.
No mais, foi divertido te chamar de burro várias vezes!
Continue treinando para dar o salto ontológico duplo twiste carpado.
De minha parte, já era isso aqui. Sem mais atenção no momento, mas se quiser um pírulo eu posso arrumar.
obs: sobre o AdM, uma pena que o achem que "é só o Mário" ou que nada dessas coisas tem efeito político...
lf.